quarta-feira, 16 de novembro de 2022

 O meu artigo de Opinião - JORNAL  ECONÓMICO.


https://jornaleconomico.pt/noticias/enviesamento-no-modelo-de-crescimento-da-economia-portuguesa-958713





quarta-feira, 24 de novembro de 2021

 O meu artigo de Opinião de hoje - 24.NOV.21, no JORNAL ECONÓMICO


https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/a-cultura-como-fator-de-sustentabilidade-811963



segunda-feira, 15 de março de 2021

O meu Artigo de Opinião do passado dia 5 de Março, no JORNAL ECONÓMICO:

https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/trabalhamos-muito-e-ganhamos-pouco-709946



terça-feira, 12 de janeiro de 2021

 O meu Artigo de Opinião de hoje, no JORNAL ECONÓMICO


 https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/excelencia-685295









segunda-feira, 28 de setembro de 2020

 A minha "Opinião" de hoje no JORNAL ECONÓMICO


 

As bodas de Caná e as moratórias bancárias

terça-feira, 1 de setembro de 2020

 A minha "Opinião" de hoje - JORNAL ECONÓMICO


As televisões portuguesas falam todos os dias na “queda histórica do PIB”, na “queda abrupta da economia”, no “aumento brutal do desemprego”. O factor psicológico também conta.

Os portugueses nunca foram muito dados a uma autoestima elevada, preferindo o velho fado da cultura do nacional-pessimismo, alavancado por uma forte sensação de que o que vem do exterior é que é bom.

Mas esta ideia de remoer as coisas más e não enaltecer as boas, não se pense que é das últimas gerações, quiçá, esteja alicerçado nos tempos do entreposto e Feitoria de São Jorge da Mina (finais do séc. XV), em que holandeses e flamengos, passavam a perna” à nossa burguesia.

Vem isto a propósito daquilo que todos os dias vemos e assistimos em todos os canais de televisão, do sublinhado negativo que a pandemia tem significado para a economia e para o emprego (desemprego).

Obviamente que não se deve esconder a situação difícil que o nosso país atravessa, com a queda da riqueza nacional, encerramento de fábricas e serviços e o consequente aumento do desemprego. Nada disto se deve escamotear dos portugueses, todos devem saber o que se passa na realidade.

No entanto, o que está a acontecer em Portugal tem um espelho e, nalguns casos, bem maior, em várias latitudes europeias, e não vejo na imprensa espanhola (em que a dimensão do rombo é bem maior que em Portugal), na imprensa francesa ou italiana, o exacerbar e o sublinhado dramático diário que a imprensa portuguesa confere a esta situação.

Não há dia em que as televisões portuguesas não empreguem expressões, como “queda histórica do PIB”, “queda abrupta da economia”, “aumento brutal do desemprego”, “ainda virão tempos bem piores”, etc.

Ora, tudo isto é de facto verdade e por essa razão é que a Comissão Europeia, no passado dia 21 de Julho, chegou a acordo e aprovou um plano de recuperação e um pacote de auxílio às economias de todos os países da União, no valor de 750 mil milhões de euros.

Tudo isto é evidente.

Por outro lado, é sabido que o factor psicológico e o sentimento de confiança dos cidadãos assenta, muitas vezes, na forma como a informação é “servida” e percebida por estes. Ora, num país intrinsecamente pessimista, estar todos os dias a assistir a estes bombardeamentos de múltiplos lados, acaba por contribuir para uma sensação ainda pior do que na realidade ela se configura.

De nada serve estarem sempre a sublinhar com frases fortes a situação difícil que atravessamos. Todos os portugueses sabem que a situação é difícil! E que ainda levará algum tempo até nos recompormos (em termos sanitários e económicos), mas moderar a forma como a situação é apresentada diariamente é ajudar o país e os portugueses.

Sabemos que quanto mais alarmante é uma notícia, mais capta as atenções dos espectadores, mas numa situação grave como aquela que vivemos, deveria haver mais cuidado e sensibilidade por parte dos directores de informação, por forma a não contribuírem ainda mais para um sentimento de depressão que já se apoderou de muitos portugueses.

Seria sensato, mostraria inteligência e diminuiria o consumo de fármacos antidepressivos!

terça-feira, 14 de julho de 2020

A minha "Opinião" de hoje no JORNAL ECONÓMICO


Azul – 7,5% – TAP


Muitas interrogações vão ficar para sempre por esclarecer no que respeita à anterior gestão da TAP, entre elas o porquê de um empréstimo com uma taxa agiota de 7,5%.

Com as dificuldades que a TAP está a passar, com as negociações duras que têm ocorrido, vieram a público, algumas “zonas cinzentas” que não eram conhecidas dos portugueses.
Diria que, em face de qualquer litígio, na ânsia das partes ganharem alguma vantagem sobre a outra, se acabam por esgrimir argumentos que nos levam, muitas vezes, a tomar conhecimento do impensável.
Uma das situações que veio agora a público foi o célebre empréstimo feito pela empresa Azul (cujo acionista maioritário é o ex-acionista da TAP – David Neeleman) à TAP, no valor de 90 milhões de euros, no início de 2016, a uma taxa de juro de 7,5% com maturidade em 2026. Este empréstimo poderia, na maturidade, ser convertido em capital, isto é, era obrigacionista convertível em ações.
Recordo que com o processo de privatização da TAP, o consórcio Atlantic Gateway (David Neeleman e Humberto Pedrosa), possuía 61% do capital da TAP.
Mas, para contextualizar o enquadramento da taxa desse empréstimo obrigacionista, gostava de recordar algumas taxas de referência nesse mesmo ano de 2016: Euribor a 6 meses – (-0,0041%) – Euribor a 12meses – 0,058 % – Taxa de cedência de liquidez do BCE – 0,00% – Taxa Média dos financiamentos da banca portuguesa a grandes empresas (+ de 1 milhão de euros) – 2,69%.
Face a tudo o que anteriormente referenciei, não consigo entender como foi possível a TAP comprometer-se a pagar 7,5%?! O que estava a fazer a Comissão Executiva? Não viu a taxa do empréstimo? Pode dizer-se que era uma taxa perfeitamente agiota e absolutamente desenquadrada do mercado.
Seria o “rating” da TAP assim tão mau que não encontrou um banco (ou sindicato bancário) que estivesse disponível para fazer o mesmo financiamento a uma taxa de juro completamente distinta (por valores muito inferiores)?
A SIC emitiu um empréstimo obrigacionista em junho de 2019 com um prémio de 4,5%; em novembro de 2018, o Sporting emitiu um empréstimo obrigacionista com um prémio de 5,25% e o Benfica arrancou há dias com um outro empréstimo idêntico a quem vai pagar um prémio de 4,5%. Isto para dar apenas alguns exemplos.
Será o “rating” da TAP bastante inferior a estas três instituições? Ou houve incompetência grave da parte de quem teve o poder de decidir? São de facto muitas interrogações que vão ficar para sempre por esclarecer.
Mesmo não tendo a TAP (ao tempo) qualquer poder operacional e de decisão, não competia ao representante do Estado na TAP alertar o ministro que tutelava na altura a TAP para o desastre financeiro que compaginava e configurava a taxa agiota desse empréstimo?
Confesso que faço um enorme esforço para tentar compreender como foi possível um erro tão grosseiro de gestão, mas não consigo arranjar uma razão que não seja uma enorme incompetência.
O interesse do acionista Estado nunca esteve aqui defendido. Claro que os interesses do ex-acionista Neeleman estavam bem defendidos com uma taxa de 7,5%! Mas não haver ninguém que lançasse um alerta é mais difícil de entender.
Sempre se percebeu que o ex-acionista Neeleman estava ali para fazer negócio e para lucrar. O que era mau para o país nada lhe dizia, desde que fosse bom para ele. Felizmente chegou ao fim a sua permanência na TAP.
A TAP vai enfrentar o caminho das pedras, com custos indeterminados para os contribuintes, porém, com uma gestão de profissionais estrangeiros capazes, dentro de três ou quatro anos teremos uma empresa mais saudável e no caminho dos lucros. Assim se espera. Mas o referido empréstimo a 7,5% irá ficar para sempre “atravessado” na memória dos portugueses!