As competências deveriam estar sempre à frente das
influências, mas infelizmente, nem sempre assim acontece.
Se olharmos o panorama das grandes Instituições
Internacionais, é tanto mais gritante esta evidência.
As posições por preencher, principalmente aquelas que se
referem aos Altos Cargos de Direcção, têm sempre uma componente de influência
claramente perturbadora e que acabam por definir quem se deve sentar na
cadeira.
Nestas Instituições o que menos conta são as competências,
experiência e o desempenho atestado em anteriores projectos. Aqui, o que
verdadeiramente conta, são as influências políticas dos Países, que querem
colocar nos lugares de decisão os seus cidadãos nacionais. Não interessa a
competência, tão só o compadrio e os magistérios de influência.
Assim, estas Instituições acabam por ter ao seu serviço
pessoas incompetentes em detrimento das competências, só porque alguém
influente num determinado país "manda" que um seu cidadão seja aceite
para o cargo.
Mas para que isto aconteça, é necessário obter o beneplácito
de quem dirige essas Instituições, e regra geral, é obtido! Porquê? Porque quem
dirige essas Instituições foi colocado nesse cargo, com comprometimentos, que
chegado a esta fase, tem que aceder.
É um jogo que ninguém deveria jogar!
Em qualquer empresa ou Instituição, só com os melhores as
mesmas poderão almejar resultados de excelência.
Enquanto perdurar o compadrio, as amizades, as vontades
politicas, de colocar os amigos nos Altos Cargos de Direcção, estas
Instituições só terão um caminho - a degradação da qualidade do seu output
final, o não atingimento de objectivos e a desacreditação da Instituição.
Tem que haver coragem para colocar os mais competentes nas
grandes Instituições Internacionais, em detrimento de amigos incompetentes e
incapazes de terem uma visão estratégica que conduza as Instituições para onde
deveriam efectivamente de caminhar.
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