A Vergonha das
comissões bancárias em Portugal
Com as margens de
intermediação financeira a caírem há mais de 3 anos, a Banca em Portugal tenta
alimentar a sua conta de resultados de outra forma. E a forma escolhida foi uma
despudorada e vergonhosa corrida às comissões.
Por tudo e por nada se
inventa uma comissão, a que os clientes não podem fugir, pois esta prática
generalizou-se a todo o sistema.
Não se observa uma
iniciativa de inovação.
O negócio bancário tem
de se reinventar de forma permanente e perseguir a fórmula do empresário Schumpeteriano
– permanente inovação, para estando um passo á frente da concorrência, beneficiarem
dos ganhos dessa mesma inovação.
Óbviamente, que o futuro
da Banca passa pela via electrónica e ligada às novas tecnologias.
A agência bancária irá
cada vez mais perdendo a sua importância, e deixará de ser o epicentro onde se
concentra o negócio bancário.
No capítulo da desintermediação
financeira há tanto por explorar, não entendo como quem dirige os bancos em
Portugal, não tem esse “golpe de asa”
para aproveitar ganhos que daí poderão advir.
É mais fácil “carregar”
nas comissões sobre os seus clientes. Mas esta situação irá ter um fim. As comissões
não poderão crescer de forma exponencial.
As novas tecnologias não
só activam uma via mais rápida e cómoda para o cliente se relacionar como seu
banco, como retiram tráfego das agências. Assim, e desta forma, os bancos poupam
nas agências (que vão fechando centenas todos os anos) e nos recursos humanos –
diminuindo também o custo destes activos.
Estou de acordo com
algumas comissões – aquelas que resultem de forma clara, dum serviço prestado
ao cliente e que para este compagine um acréscimo de valor. Agora, aplicar uma
comissão pela gestão de qualquer crédito concedido, que é escrupulosamente pago
na data acordada contratualmente, além de me parecer desadequada e imprópria,
atinge o patamar do obsceno.
É meu entendimento,
que o Governo português deveria produzir legislação que limitasse bruscamente
esta investida das comissões bancárias, que na sua maioria mais não são do que
a tentativa de compor os resultados líquidos, que a margem financeira não permite.
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