A sucessão dos Boletins Estatísticos do Banco de Portugal, trazem cada mês, mais “recordes”. Estou, obviamente a referir-me ao valor do Crédito de Cobrança Duvidosa ou Crédito Malparado, para Famílias e Empresas.
O Boletim do passado dia 20, acentua essa mesma clivagem.
Assim, o Crédito de Cobrança Duvidosa a Particulares aumentou (e face ao mês anterior) – estamos a comparar Novembro com Outubro – 0,92% no Crédito à Habitação, 1,70% no Crédito ao Consumo e 4,18% no Crédito para Outras Finalidades.
Também, e no mesmo período, o Crédito de Cobrança Duvidosa concedido a Empresas não Financeiras, cresceu 2,80%.
É de facto uma calamidade o que se está a abater sobre as Famílias. E não se prevê qualquer melhoria nos próximos tempos. Antes pelo contrário. Este ano, vai ser de extremas dificuldades, com o Crédito de Cobrança Duvidosa sempre em crescendo, e com as Famílias a passarem maiores dificuldades.
Sublinho aqui uma ideia deixada anteriormente: é de capital importância a intervenção das Câmaras Municipais, através dos seus Gabinetes de Acção Social, a darem uma ajuda às Famílias Endividadas ou aquelas que se pensam endividar.
A atitude profiláctica e de ajuda, é a fronteira entre quem se pode endividar de forma sustentada e quem o faz de forma desregrada e com problemas insanáveis no futuro.
Uma palavra também para o Crédito de Cobrança Duvidosa das Empresas. É demonstrativo das dificuldades que as Empresas sentem e que só com muito esforço conseguirão escapar a esta espiral.
Se fizermos a análise de Outubro e Novembro, o Crédito de Cobrança Duvidosa em Empresas não Financeiras, cresceu 9%! Não poder ser!
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