GOVERNADOR
DO BP – AGARRADO AO PODER
Todos
os cidadãos, devem pautar o seu comportamento por standards de urbanidade, cidadania,
respeito cívico e ético.
Quando
um cidadão, tem elevadas responsabilidades politicas, de direcção ou de alguma
forma, se situa num patamar de grande influência, o escrutínio (seja lá de onde
ele vier), será certamente muito exigente e implacável.
Perante,
uma situação que de antemão se prevê dura, qualquer cidadão tem que ser
exemplar, sob pena dos holofotes da desconfiança estarem permanentemente
focados sobre si, e a sua credibilidade e autoridade, se poderem esboroar como
fina areia de um deserto onde esse cidadão se deixou enredar e dificilmente sairá.
Vem
a propósito, com os episódios bem conhecidos de todos, relativamente ao (ainda)
Governador do Banco de Portugal.
A
sua nomeação para o cargo foi um equívoco de Sócrates. Não existiam
absolutamente nenhumas razões, para que Sócrates tivesse nomeado este
Governador para o BP. Existiam pessoas muito mais capazes que certamente teriam,
um desempenho de excepção. Mas o erro foi cometido.
Aparece
Passos Coelho a insistir no erro.
Depois
de toda a “trapalhada” (para não a
adjectivar de outro termo mais meritório) do BES, era claro para toda a gente,
que o Governador não tinha absolutamente nenhumas condições para se manter no
cargo. Era claro para todas, menos para Passos Coelho.
Logo
após a tomada de posse do actual Governo de António Costa, foi dado o mote,
relativamente áquilo que Costa e o Ministro das Finanças, pensavam do
Governador, mas este, assobiando para o ar, como se nada fosse com ele, por lá
foi ficando.
Nos
últimos dias, particularmente com os três programas-reportagens produzidas e
apresentadas na SIC, mesmo para aqueles que não queriam ver o que aconteceu,
tais reportagens vieram pôr o dedo na ferida, que é como quem diz, as grandes responsabilidades
que o BP e o seu Governador tiveram em todo o caso GES/BES.
Já
todos percebemos, que é o BCE e o FMI que estão a segurar o Governador, mas c’os
diabos, um Homem tem dignidade e honra, e do que está à espera o Governador
para colocar a viola no saco e partir para a reforma?
Além
de não ter condições, as reportagens da SIC (pela dimensão e divulgação
nacional que tiveram), vieram escrutinar de forma impiedosa o Governador.
O
Governador chegou ao fim da linha!
Não
foi de agora. Foi desde o momento em que Passos o resolveu reconduzir. Mas se
ainda não percebeu, que alguém o ajude a ver que o seu caminho terminou.
É
verdade, que tivemos portugueses que no passado, se agarraram à cadeira e para
a largarem tiveram que ser pontapeados, ou pela vontade popular ou pela vontade
dumas forças armadas que estavam fartas dum regime bafiento e podre.
Não
havia necessidade deste espectáculo de praça pública em que se vitupera quem
deveria ser aplaudido de forma exemplar.
O
Governador não soube exercer de forma capaz a sua função, não se mostrou
competente, por sua culpa e daqueles que lá o colocaram em lugar para o qual
não tinha perfil.
Embora
já fora de tempo, tome a única decisão sensata – demita-se!
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