segunda-feira, 6 de março de 2017


GOVERNADOR DO BP – AGARRADO AO PODER

Todos os cidadãos, devem pautar o seu comportamento por standards de urbanidade, cidadania, respeito cívico e ético.

Quando um cidadão, tem elevadas responsabilidades politicas, de direcção ou de alguma forma, se situa num patamar de grande influência, o escrutínio (seja lá de onde ele vier), será certamente muito exigente e implacável.

Perante, uma situação que de antemão se prevê dura, qualquer cidadão tem que ser exemplar, sob pena dos holofotes da desconfiança estarem permanentemente focados sobre si, e a sua credibilidade e autoridade, se poderem esboroar como fina areia de um deserto onde esse cidadão se deixou enredar e dificilmente sairá.

Vem a propósito, com os episódios bem conhecidos de todos, relativamente ao (ainda) Governador do Banco de Portugal.

A sua nomeação para o cargo foi um equívoco de Sócrates. Não existiam absolutamente nenhumas razões, para que Sócrates tivesse nomeado este Governador para o BP. Existiam pessoas muito mais capazes que certamente teriam, um desempenho de excepção. Mas o erro foi cometido.

Aparece Passos Coelho a insistir no erro.

Depois de toda a “trapalhada” (para não a adjectivar de outro termo mais meritório) do BES, era claro para toda a gente, que o Governador não tinha absolutamente nenhumas condições para se manter no cargo. Era claro para todas, menos para Passos Coelho.

Logo após a tomada de posse do actual Governo de António Costa, foi dado o mote, relativamente áquilo que Costa e o Ministro das Finanças, pensavam do Governador, mas este, assobiando para o ar, como se nada fosse com ele, por lá foi ficando.

Nos últimos dias, particularmente com os três programas-reportagens produzidas e apresentadas na SIC, mesmo para aqueles que não queriam ver o que aconteceu, tais reportagens vieram pôr o dedo na ferida, que é como quem diz, as grandes responsabilidades que o BP e o seu Governador tiveram em todo o caso GES/BES.

Já todos percebemos, que é o BCE e o FMI que estão a segurar o Governador, mas c’os diabos, um Homem tem dignidade e honra, e do que está à espera o Governador para colocar a viola no saco e partir para a reforma?

Além de não ter condições, as reportagens da SIC (pela dimensão e divulgação nacional que tiveram), vieram escrutinar de forma impiedosa o Governador.

O Governador chegou ao fim da linha!

Não foi de agora. Foi desde o momento em que Passos o resolveu reconduzir. Mas se ainda não percebeu, que alguém o ajude a ver que o seu caminho terminou.

É verdade, que tivemos portugueses que no passado, se agarraram à cadeira e para a largarem tiveram que ser pontapeados, ou pela vontade popular ou pela vontade dumas forças armadas que estavam fartas dum regime bafiento e podre.

Não havia necessidade deste espectáculo de praça pública em que se vitupera quem deveria ser aplaudido de forma exemplar.

O Governador não soube exercer de forma capaz a sua função, não se mostrou competente, por sua culpa e daqueles que lá o colocaram em lugar para o qual não tinha perfil.

Embora já fora de tempo, tome a única decisão sensata – demita-se!

Sem comentários:

Enviar um comentário