terça-feira, 9 de setembro de 2025

 

EDUCAÇÃO – Alavanca determinante do crescimento económico

 

A Educação é um pilar fundamental no desenvolvimento e evolução social e económica de qualquer país. Pensar e tratar a Educação como um factor fundamental para o crescimento económico de qualquer país, é entender que o desenvolvimento está condicionado a um ensino de qualidade. Um país que não investe em educação, deve esperar pouco além de uma economia vulnerável.

Além dos aspectos financeiros, o crescimento sustentável gera um ciclo virtuoso, melhorando a qualidade de vida das pessoas. Quanto mais alto o nível da Educação de um país, maiores as suas taxas de crescimento.

Uma educação de qualidade influencia directamente indicadores sociais como nível de emprego, promoção da saúde pública e incentivo á ciência e inovação. Estudos mostram que a correlação é nítida nos países em desenvolvimento. 

Na última avaliação do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA), muitos jovens de países onde a Educação tem um fraco desempenho, não atingiram nem a nota média de estudantes de países desenvolvidos. Isso pode representar  para estes países uma perda significativa no valor do Produto Interno Bruto, por ano.

Assim, pode-se dizer que a Educação assenta num algoritmo tríptico, que tem como pilares: a Educação básica, a Educação universitária e a Educação e Formação Profissional que ao longo dos anos os indivíduos vão fazendo, sempre tendo em vista as melhorias do output e da produtividade geradas pelo seu trabalho, o que conduz a níveis de qualidade de vida superlativos.

 Os focos principais do desenvolvimento da Educação devem assentar: promover a educação como um direito humano fundamental; proporcionar avanços na qualidade da educação; e estimular a experimentação, a inovação e o diálogo no campo de políticas educacionais.

A Declaração Universal dos Direitos Humanos estabelece que todos - crianças, jovens e adultos – têm direito à Educação. No entanto, milhões de pessoas não têm condições de exercício de tal direito.

A Educação oferece respostas para muitos dos problemas da humanidade. Naqueles lugares onde a Educação tem sido garantida, as pessoas têm uma maior probabilidade de desfrutar de outros direitos.

 A Educação é uma maneira efetiva de lutar contra a pobreza, de construir democracias eficientes e sociedades voltadas para uma cultura de paz.

Uma pessoa que nasce em uma família alfabetizada, tem maior probabilidade de ir á escola, de encontrar trabalho qualificado, de participar na vida democrática e tende a ser mais consciente na preservação do meio ambiente – Educação Verde.

As crianças que hoje não recebem Educação serão os analfabetos do amanhã. No mundo, hoje, cerca de 860 milhões de adultos, dois terços delas mulheres, não sabem ler nem escrever. Isso significa que uma de cada quatro mulheres é analfabeta.

O foco deve ser pois: a) Promover a educação como um direito fundamental. B) Melhorar a qualidade da educação. c)Estimular a experimentação, a inovação e a política do diálogo.

Alguns dos caminhos para atingir estes objectivos, são: I) Laboratório de ideias; II) Elaboração de modelos; III) Promover uma frente catalisadora internacional; IV) Centro de intercâmbio de informação e V) Reforço da capacidade instalada.

A aprendizagem deve: começar cedo; atender crianças e jovens; incluindo os excluídos; inserindo os adultos não incluídos nas prioridades educacionais e apoiando iniciativas do mais alto nível – Educação superior.

Para um bom ambiente de Ensino concorrem: monitorização dos resultados; melhorando o curriculum e os livros de texto e melhorando o ambiente escolar.

Apesar da UNESCO ser a agência das Nações Unidas especializada no fomento da Educação, deverá poder contar com ouros apoios, tais como: Governos e Comissões Nacionais; Organizações da Sociedade Civil; Formação de redes de jornalistas que divulguem o tema; os Ministérios da Educação de todo o mundo; outros Organismos das Nações Unidas cujo foco seja também na Educação; Mecanismos globais de Educação e a estimulação sobre deputados parlamentares para serem mais activos nos seus parlamentos sobre iniciativas de Educação.

As tecnologias de informação e comunicação têm o potencial de apoiar a igualdade e a inclusão no sentido de alcançar estudantes desfavorecidos e difundir mais conhecimento em formatos mais acessíveis. Em determinados contextos, a tecnologia  pode melhorar a qualidade do ensino e da aprendizagem de competências  básicas, incluindo as digitais. No entanto, a tecnologia também pode excluir e ser irrelevante e onerosa, ou até prejudicial. Os governos precisam de garantir as condições certas para permitir o acesso igualitário à educação, de regulamentar o uso da tecnologia de modo a proteger os estudantes das suas influências negativas e de preparar os professores para a sua utilização.

A tecnologia deve ser introduzida na Educação com base em evidências que demonstrem que ela seria apropriada, igualitária, escalonável e sustentável. A sua utilização deve atender aos melhores interesses dos estudantes e complementar uma educação baseada na interação humana.

Durante  a pandemia de Covid-19, 500 milhões de estudantes em todo o mundo foram negligenciados devido à introdução da escola digital, principalmente os mais pobres e os que vivem em áreas rurais. Observou-se um desequilíbrio significativo nos recursos online, favorecendo a Europa e a América do Norte.

Hoje, com as alterações climáticas profundas que vêm registando fenómenos de extrema gravidade em todo o Mundo, é essencial que os Governos de todos os países introduzam nos currículos escolares, disciplinas sensibilizadoras para este tema – Educação Verde.

Currículos verdes são os melhores instrumentos para enfrentar a disrupção climática a longo prazo. É hora de integrar a educação ambiental em todas as disciplinas escolares, em todos os níveis de ensino, com uma abordagem orientada para a acção que ajude os jovens a entenderem o seu poder de fazer a diferença.

 

Sem comentários:

Enviar um comentário