sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Endividamento das Famílias – falta visão estratégica

O Endividamento das Famílias, representa hoje uma das grandes preocupações nacionais e que de forma transversal, se instalou em toda a sociedade portuguesa.

O rácio do Endividamento das Famílias/Rendimento Disponível tem vindo em crescendo e o mesmo atesta este grande problema nacional – 123% em 2006; 129% em 2007; 135% em 2008 e 138% em 2009.

Além destes dados muito preocupantes, temos ainda o crédito vencido ou de cobrança duvidosa que, mês após mês, não pára de crescer.
Se analisarmos a evolução destes dois indicadores, facilmente chegamos à conclusão que muitas Famílias estão a passar grandes dificuldades.

Existem quatro grandes motivos pelos quais as Famílias chegam ao incumprimento contratual das responsabilidades creditícias assumidas: Desemprego, Doença, Divórcio e Contas não Feitas ou Mal Feitas.
De todos estes motivos, as Contas não Feitas ou Mal Feitas, representam cerca de 80% dos incumprimentos.

Aqui entronca a minha ideia inicial da falta de visão estratégica que tem norteado as Entidades Centrais – Ministério da Economia e Instituto do Consumidor – ou seja, estes cidadãos necessitam de uma ajuda muito específica. Tal como são ajudados milhares de cidadãos com as várias prestações sociais – Subsídio de Desemprego, Abono de Família, Pensões e Reformas, Rendimento Social de Inserção, etc. – também a ajuda a estes cidadãos endividados ou que se pensam endividar, deve ser vista da mesma forma – uma ajuda imprescindível ao equilíbrio na gestão dos rendimentos dos agregados familiares.

Enquanto nada se avançar neste sentido e se fizer de conta que nada acontece, vamos continuando a assistir à degradação dos núcleos familiares, por falta de ajuda exógena.

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