sexta-feira, 25 de março de 2011

Crédito de Cobrança Duvidosa – “Stop and go”

Depois dos números que observámos em Dezembro, cuja composição e estrutura eram claramente demonstrativos da sazonal limpeza de balanço que as Instituições Financeiras costumam fazer, eis que já em Janeiro (dados do último Boletim Estatístico do Banco de Portugal), voltámos à mesma dinâmica avassaladora de crescimento do Crédito de Cobrança Duvidosa (ver Quadro neste Blog).

No final de cada ano, as Instituições Financeiras “livram-se” de créditos totalmente aprovisionados utilizando a provisão. Ao fazê-lo estão a retirar do seu Activo créditos de extraordinária dificuldade de recuperação, passando-os para “write-offs”, ou seja, retiram estes créditos do seu balanço. Desta forma, e perante os accionistas, o seu balanço fica mais equilibrado. Mas na realidade, os prejuízos estão lá, se bem que fora do balanço.
Para quem estivesse menos atento, pensaria que em Dezembro teríamos assistido a um “milagre” comparável somente às aparições de Fátima. Mas infelizmente, e nesta matéria não há “milagres”!

As Instituições Financeiras e nos tempos mais próximos, vão assistir ao crescimento do Crédito de Cobrança Duvidosa (ou malparado), quer no agregado Particulares (Famílias) quer no agregado Empresas. Vão ter que continuar a constituir provisões para essas sinistralidades e por consequência, vão ver os seus resultados de exploração diminuídos na mesma proporção que fizerem provisões.

Remédios de cura total não existem! No entanto, existem algumas precauções que podem e devem ser tomadas: um critério mais exigente nos novos créditos a conceder; exercer acções responsáveis e profilácticas junto da clientela e ir ao encontro da disponibilidade dos clientes, isto é, aceitar o resultado das vicissitudes que possam atingir a dimensão dos rendimentos dos agregados familiares, e juntamente com os clientes, definirem novos prazos de pagamento, alargando o prazo e eventualmente diminuindo o prémio em pagamento pelo financiamento – taxa de juro.
Todos ficariam a ganhar!

quarta-feira, 23 de março de 2011

PORTUGAL in Crises

Portugal hasn’t only the financial crises. Portugal has a multiplicity of crises: economic, social, Government, politic and Institutional.
Our country needs urgently, strong and very important reforms. Soon Institutional reforms.
We have a public sector with strong problems and over the needs of the country. Portuguese public sector has today 650.000 employers, but all analysts believe that 350.000 people will be enough for our needs in this field.
Portugal has not space for so people. The productivity of public sector is very low, and the excessive people can move for private job and, in this way, create wealth for enterprises and economic system in general.
Portugal has not space for so people in public sector, and the reform of this sector is highly prior.
In Institutional plan, we need too, important measures and reforms. We must have a good and efficient State but less State. We don’t need so Institutes and State Departments that we have. An efficient State is not a long and fat State, but in contrary, a small and productive State. Portugal and our politicians will become more courageous in line to take important measures to do it.
It’s imperious too, courageous measures in economic field. Portugal (State, enterprises and individuals) can’t continue to live above it possibilities. The season on cheap credit it’s over!
We must save more and more than in past. It’s not possible to live with high level of indebtedness.
Our public accounts are the mirror of many years of uncontrolled expenses.

Now, we have a difficult way to run. With our without extern aid, Portugal will find it way, but necessary, a hard way with a strong people sacrifices.
It will be a new loss decade! Especially for young people.

terça-feira, 22 de março de 2011

Crédito Concedido/Crédito de Cobrança Duvidosa - 22.MAR.11

Empréstimos de Outras Instituições Financeiras Monetárias a Particulares
Loans of Other Monetary Financial Institutions to Private Individuals







Crédito

Concedido
           Cobrança Duvidosa
Banking Credit
           Installment Credit
         Uncertain Collection
Habitação
DEZ.10
113642

1932


Mortgage
JAN.11
114537
0,79%
1989
2,95%

Consumo
DEZ.10
15498

1237


Consumption
JAN.11
15423
-0,48%
1269
2,59%

Outros Fins
NOV.10
12122

816


Another Finality
JAN.11
12036
-0,71%
870
6,62%

Total
DEZ.10
141262

3986


Total
JAN.11
141996
0,52%
4129
3,59%


Fonte: Boletim Estatístico do Banco de Portugal
Unidade: Milhões de Euros

quarta-feira, 9 de março de 2011

Portuguese Economic Situation – some guidelines to understand it

In our democratic history (since 1974), we had to kinds of Governments (to take back the period between 1974 – 1977 – the “Revolution Period”, with preponderance of Communist Party) – Socialist Governments and Social Democratic Governments.

The Socialist Governments, with particular emphasis in Social and Behaviour questions, spend more money than the country can, and the deficit of Public Accounts and our Public Indebtedness grow and increase more and more.
The Social Democratic Governments, they move with careful in Public Account and Indebtedness, and balance all situations that the Socialist Governments leave.

In this moment, we are in “Socialist Cycle” since 2005. Between 2005 – 2009, with absolute majority; and since 2009 with minority governance.

All this kind of governance and the international financial crisis, had contribute for Portuguese Economic Crisis.

It’s urgent that Portuguese Government make important reforms in Administrative Public Sector (APS). Portugal doesn’t need 750.000 people in APS. Portugal has Public services, Institutes and other relatives services, in excess.
It’s necessary courage to take decisions in this way. Off course, it will be unpopular measures, but necessary measures. We can’t continue like now.

In my opinion, Portugal doesn’t need help of IMF or EU Stabilisation Fund. I believe that with courage and determination, we can do our way without financial help.
If we look Greece and Ireland, we see that IMF and EU Stabilisation Fund, didn’t enough credibility to these Governments, and the rates of interest grow and grow. Today the rate in financial markets is 12,4% for Greece and 10,2% for Ireland.

The principal problem is Credibility. If Portugal like to go out of this difficult situation, only with quality measures that give to markets, one image of strong credibility, but I don’t know if it is possible with this Government.
I believe that this year, Portuguese Parliament will be dissolved by Portuguese President of Republic, to convoke new elections and the people choose another politic cycle, with Social Democratic Government, in the way to consolidate our economic situation and give another direction that the country needs.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Portugal : Perspectives économiques

L’activité économique devrait être très faible pendant en 2011, en raison d’un assainissement budgétaire prononcé et de conditions de crédit restrictives. La croissance devrait redémarrer en 2012, la demande extérieure et la modération des salaires soutenant les exportations et l’investissement. Le chômage devrait continuer à augmenter.
Le gouvernement a annoncé récemment un nouveau train de mesures d’austérité budgétaire, afin de renforcer la crédibilité de ses objectifs de réduction du déficit. Une mise en oeuvre rigoureuse des mesures d’assainissement, retenue comme hypothèse dans ces prévisions, et une correction rapide de tout dérapage pour assurer la réalisation de ces objectifs, sont essentielles pour réduire le coût du financement externe et parer ainsi à une contraction du crédit qui représente un risque majeur à la baisse. Il est essentiel de réformer le cadre budgétaire pour renforcer la viabilité de l’assainissement des finances publiques. La réduction de la dualité du marché du travail devrait contribuer à rehausser la croissance potentielle.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Os Portugueses não aguentam mais medidas de austeridade

No início desta semana e no âmbito de uma conferência promovida em Lisboa, veio o Ministro das Finanças e desde logo secundado pelo Primeiro-ministro, dizer que caso se justifiquem mais medidas de austeridade para atingir os objectivos do Governo (4,6% do deficit das contas públicas no final do ano), elas seriam tomadas.

Só não disseram por que lado irão “atacar”.

O povo português vive já numa situação de miséria e penúria, e não aguenta mais sacrifícios pelo lado da receita, o mesmo é dizer, pelo aumento do IVA e do IRS. Os rendimentos de muitas famílias são já sobejamente insuficientes, para que possam sofrer novas investidas tornando-os ainda mais reduzidos.

Penso, que caso o Governo venha a tomar mais medidas, estas deverão tomar um sentido brutalmente enérgico mas pelo lado da despesa.

É necessário, é urgente e imperioso, que se corte na despesa do Estado com toda a força e sem piedade.
Ninguém percebe a existência de tantos Institutos Públicos (alguns perfeitamente desconhecidos); não se entende um sector público administrativo tão extenso e sem produtividade.

Reformar servidores do Estado não é a solução. Pois saem de Salários e entram em Reformas. É necessário tomar medidas muito corajosas, que numa primeira abordagem iriam aumentar o desemprego, mas que permitiriam sem qualquer dúvida equilibrar as contas publicas e mais importante, demonstrar solidariedade aos milhares de portugueses que trabalhando na esfera privada da economia se viram privados dos seus empregos porque as empresas não tiveram a capacidade de resistência e sucumbiram.

Se o Estado não tem capacidade para alimentar tantos activos, terá que fazer o mesmo que as empresas – rescindir contratos e emagrecer o seu número de activos.
Acompanhando estas medidas, o Governo deveria explicar muito bem a todos nós, o verdadeiro alcance e objectivo desses sacrifícios adicionais, para que todos entendessem para o que estavam a contribuir.

Mais medidas de austeridade só pelo lado da despesa, onde existe muita gordura, muita banha e muita ineficiência, que urge cortar a toda a força.