quarta-feira, 2 de março de 2011

Os Portugueses não aguentam mais medidas de austeridade

No início desta semana e no âmbito de uma conferência promovida em Lisboa, veio o Ministro das Finanças e desde logo secundado pelo Primeiro-ministro, dizer que caso se justifiquem mais medidas de austeridade para atingir os objectivos do Governo (4,6% do deficit das contas públicas no final do ano), elas seriam tomadas.

Só não disseram por que lado irão “atacar”.

O povo português vive já numa situação de miséria e penúria, e não aguenta mais sacrifícios pelo lado da receita, o mesmo é dizer, pelo aumento do IVA e do IRS. Os rendimentos de muitas famílias são já sobejamente insuficientes, para que possam sofrer novas investidas tornando-os ainda mais reduzidos.

Penso, que caso o Governo venha a tomar mais medidas, estas deverão tomar um sentido brutalmente enérgico mas pelo lado da despesa.

É necessário, é urgente e imperioso, que se corte na despesa do Estado com toda a força e sem piedade.
Ninguém percebe a existência de tantos Institutos Públicos (alguns perfeitamente desconhecidos); não se entende um sector público administrativo tão extenso e sem produtividade.

Reformar servidores do Estado não é a solução. Pois saem de Salários e entram em Reformas. É necessário tomar medidas muito corajosas, que numa primeira abordagem iriam aumentar o desemprego, mas que permitiriam sem qualquer dúvida equilibrar as contas publicas e mais importante, demonstrar solidariedade aos milhares de portugueses que trabalhando na esfera privada da economia se viram privados dos seus empregos porque as empresas não tiveram a capacidade de resistência e sucumbiram.

Se o Estado não tem capacidade para alimentar tantos activos, terá que fazer o mesmo que as empresas – rescindir contratos e emagrecer o seu número de activos.
Acompanhando estas medidas, o Governo deveria explicar muito bem a todos nós, o verdadeiro alcance e objectivo desses sacrifícios adicionais, para que todos entendessem para o que estavam a contribuir.

Mais medidas de austeridade só pelo lado da despesa, onde existe muita gordura, muita banha e muita ineficiência, que urge cortar a toda a força.

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