EDUCAÇÃO – Alavanca determinante do
crescimento económico
A
Educação é um pilar fundamental no desenvolvimento e evolução social e
económica de qualquer país. Pensar e tratar a Educação como um factor
fundamental para o crescimento económico de qualquer país, é entender que o
desenvolvimento está condicionado a um ensino de qualidade. Um país que não
investe em educação, deve esperar pouco além de uma economia vulnerável.
Além
dos aspectos financeiros, o crescimento sustentável gera um ciclo virtuoso,
melhorando a qualidade de vida das pessoas. Quanto mais alto o nível da
Educação de um país, maiores as suas taxas de crescimento.
Uma educação de qualidade influencia
directamente indicadores sociais como nível de emprego, promoção da saúde
pública e incentivo á ciência e inovação. Estudos mostram
que a correlação é nítida nos países em desenvolvimento.
Na última avaliação do Programa
Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA), muitos jovens de países onde a
Educação tem um fraco desempenho, não atingiram nem a nota média de estudantes
de países desenvolvidos. Isso pode representar para estes países uma perda significativa no valor do Produto Interno
Bruto, por ano.
Assim, pode-se dizer que a Educação
assenta num algoritmo tríptico, que tem como pilares: a Educação básica, a
Educação universitária e a Educação e Formação Profissional que ao longo dos
anos os indivíduos vão fazendo, sempre tendo em vista as melhorias do output e
da produtividade geradas pelo seu trabalho, o que conduz a níveis de qualidade
de vida superlativos.
Os
focos principais do desenvolvimento da Educação devem assentar: promover a educação como um direito humano fundamental; proporcionar avanços
na qualidade da educação; e estimular a experimentação, a inovação e o diálogo
no campo de políticas educacionais.
A Declaração Universal dos
Direitos Humanos estabelece que todos - crianças, jovens e adultos – têm
direito à Educação. No entanto, milhões de pessoas não têm condições de
exercício de tal direito.
A Educação oferece respostas
para muitos dos problemas da humanidade. Naqueles lugares onde a Educação tem
sido garantida, as pessoas têm uma maior probabilidade de desfrutar de outros
direitos.
A Educação é uma maneira efetiva de lutar contra a pobreza,
de construir democracias eficientes e sociedades voltadas para uma cultura de
paz.
Uma pessoa que nasce em uma família alfabetizada, tem maior
probabilidade de ir á escola, de encontrar trabalho qualificado, de participar
na vida democrática e tende a ser mais consciente na preservação do meio
ambiente – Educação Verde.
As crianças que hoje não recebem Educação serão os
analfabetos do amanhã. No mundo, hoje, cerca de 860 milhões de adultos, dois
terços delas mulheres, não sabem ler nem escrever. Isso significa que uma de
cada quatro mulheres é analfabeta.
O
foco deve ser pois: a) Promover a educação como
um direito fundamental. B) Melhorar a qualidade da educação. c)Estimular a
experimentação, a inovação e a política do diálogo.
Alguns
dos caminhos para atingir estes objectivos, são: I) Laboratório de ideias; II)
Elaboração de modelos; III) Promover uma frente catalisadora internacional; IV)
Centro de intercâmbio de informação e V) Reforço da capacidade instalada.
A
aprendizagem deve: começar cedo; atender crianças e jovens; incluindo os
excluídos; inserindo os adultos não incluídos
nas prioridades educacionais e apoiando iniciativas do mais alto nível –
Educação superior.
Para um bom ambiente de Ensino concorrem: monitorização dos
resultados; melhorando o curriculum e os livros de texto e melhorando o
ambiente escolar.
Apesar da UNESCO ser a agência das Nações Unidas
especializada no fomento da Educação, deverá poder contar com ouros apoios,
tais como: Governos e Comissões Nacionais; Organizações da Sociedade Civil;
Formação de redes de jornalistas que divulguem o tema; os Ministérios da
Educação de todo o mundo; outros Organismos das Nações Unidas cujo foco seja
também na Educação; Mecanismos globais de Educação e a estimulação sobre
deputados parlamentares para serem mais activos nos seus parlamentos sobre
iniciativas de Educação.
As tecnologias
de informação e comunicação têm o potencial de apoiar a igualdade e a inclusão
no sentido de alcançar estudantes desfavorecidos e difundir mais conhecimento
em formatos mais acessíveis. Em determinados contextos, a tecnologia pode
melhorar a qualidade do ensino e da aprendizagem de competências básicas,
incluindo as digitais. No entanto, a tecnologia também pode excluir e ser
irrelevante e onerosa, ou até prejudicial. Os governos precisam de garantir as
condições certas para permitir o acesso igualitário à educação, de regulamentar
o uso da tecnologia de modo a proteger os estudantes das suas influências
negativas e de preparar os professores para a sua utilização.
A tecnologia deve ser
introduzida na Educação com base em evidências que demonstrem que ela seria
apropriada, igualitária, escalonável e sustentável. A sua utilização deve
atender aos melhores interesses dos estudantes e complementar uma educação
baseada na interação humana.
Durante a pandemia de
Covid-19, 500 milhões de estudantes em todo o mundo foram negligenciados devido
à introdução da escola digital, principalmente os mais pobres e os que vivem em
áreas rurais. Observou-se um desequilíbrio significativo nos recursos online, favorecendo a Europa e a América
do Norte.
Hoje, com as alterações
climáticas profundas que vêm registando fenómenos de extrema gravidade em todo
o Mundo, é essencial que os Governos de todos os países introduzam nos
currículos escolares, disciplinas sensibilizadoras para este tema – Educação
Verde.
Currículos verdes são os melhores instrumentos para enfrentar a
disrupção climática a longo prazo. É hora de integrar a educação ambiental em
todas as disciplinas escolares, em todos os níveis de ensino, com uma abordagem
orientada para a acção que ajude os jovens a entenderem o seu poder de fazer a
diferença.